quarta-feira, 22 de abril de 2015

CONDROMALÁCIA PATELAR

condromalacia-patelar-fisioterapiaPessoas que sentem dores no joelho ao correr, com a sensação de “agulhadas” podem estar com condromalácia patelar.

Causas da Condromalácia patelar

Também conhecida como síndrome da dor patelo-femural ou joelho de corredor, a condromalácia patelar consiste em uma espécie de “amolecimento” da cartilagem. Não existe uma causa exata, mas a sua etiologia pode estar relacionada com fatores anatômicos, histológicos e fisiológicos. O fator mais comum é o traumatismo crônico – traumas únicos, como pancadas ou traumas mais crônicos, por fricções entre a patela e o sulco patelar do fêmur. A condromalácia patelar também pode ser o resultado de uma lesão aguda da cartilagem femoropatelar, causando fissuras e provocando desconforto e dores que não vêm da cartilagem, mas dos tecidos carregados próximos da patela.
A patela é um osso com formato triangular, localizado na frente do joelho. Em seu pólo superior está inserida a musculatura anterior da coxa – Quadríceps – e no pólo distal tem origem o Ligamento Patelar. Esse componente do “aparelho extensor do joelho” possui como funções a melhora do movimento de flexo-extensão, além de proteger estruturas internas. A face patelar voltada para o interior do joelho possui inúmeras facetas que permitem a articulação perfeita com a tróclea do fêmur – tipo chave e fechadura. As facetas são revestidas por cartilagem articular, permitindo o deslizamento patelo-femural.
Quando flexionamos o joelho, a patela se encontra, inicialmente, “flutuante” na articulação e começa a se encaixar na tróclea do fêmur, mas conforme a flexão aumenta, o contato ósseo acaba aumentando e a pressão incidente nas facetas articulares cresce, proporcionalmente. Isso acarreta uma perda de líquido da patela e a pessoa acaba tendo um choque ósseo. Esse tipo de alteração nas forças que atuam sobre a patela bem como no formato ósseo, pode resultar no aparecimento de lesões na cartilagem.

Sintomas da Condromalácia patelar

Os principais sinais da patologia são:
– Inchaço por baixo da rótula do joelho;
– Dor constante no meio do joelho;
– Dor durante uma corrida, ao descer ou subir escadas e ao ficar muito tempo sentado.
A condromalácia patelar pode ser classificada em quatro níveis distintos, daí a necessidade de um tratamento o mais breve possível para que a cartilagem não fique inteiramente desgastada, culminando em sua perda total.

Tratamento com Fisioterapia

A Fisioterapia pode auxiliar, especialmente, no fortalecimento de alguns músculos e de exercícios que enfatizam o alongamento. Músculos fortes permitem que o joelho tenha boa estabilidade, além de tornar atividades muito exigentes para o joelho, relativamente, mais leves. O treinamento de força também fortalece a cartilagem, deixando-a mais resistente aos possíveis desgastes. Mas esse tratamento fisioterapêutico deve ser sempre baseado numa avaliação detalhada de todos os fatores que podem estar relacionados ao desenvolvimento da condromalácia. O trabalho da Fisioterapia pode envolver ainda:
– Programa de reeducação de movimentos, corridas e outros gestos esportivos;
– Técnicas de liberação manual do tecido;
– Técnicas articulares manuais;
– Orientações acerca das atividades e sobrecargas na patela.
A conduta fisioterapêutica deve ser, sobretudo, individualizada.

Recomendações

– Durante o tratamento é muito importante não sobrecarregar o joelho, fazendo-o descansar para evitar os inchaços e prevenir o retorno do problema;
– Para quem se exercita fisicamente, é indispensável o investimento anterior em exercícios de alongamento e o investimento posterior em exercícios de descompressão;
– Para corridas, usar tênis com um bom amortecimento;
– Evitar saltos. Seu uso poderá agravar uma condromalácia;
– Com relação ao retorno aos esportes, são recomendados treinos iniciais com intensidade leve.
Mas a correta movimentação não é referente, apenas, ao joelho. Seja em atividades domésticas do dia-a-dia, no trabalho, no lazer ou no esporte, o corpo todo deve se movimentar de forma coesa.

TECIDO ÓSSEO E SUAS PATOLOGIAS


A escoliose é uma deformidade em curva da coluna vertebral, podendo ou não ser acompanhada de rotação das vértebras, a chamada "giba".
Existem vários tipos de escoliose, sendo mais frequente estes três:
Escoliose congênita (de nascença), Escoliose Neuromuscular, Escoliose idiopática
Cada um dos tipos se comporta de uma maneira diferente em termos de evolução.
coluna vertebral possui curvaturas que passam por toda sua extensão, desde a região cervical até a sacrococcígea, visíveis apenas quando olhado lateralmente, chamadas Lordose e Cifose. Enquanto as duas são consideradas normais, quando a curvatura não é acentuada, a situação muda no momento em que aparecem desvios laterais ou rotacionais.
Essa formação de gibosidade vertebral na região torácica, também conhecida como corcunda, é chamada Escoliose, uma deformação morfológica nos três planos do espaço, torcendo a coluna para os lados, para frente, para trás e em torno do próprio eixo. A gravidade e a maneira como deverá ser tratada a escoliose é determinada através do grau de torção.
A deformação pode ser classificada como curva simples, com torção à direita ou à esquerda (escoliose em C); ou curva dupla (escoliose em S), podendo ainda ser identificada devido à região em que se encontra: cervicotorácicas, torácicas, toracolombares, lombares ou lombossacrais.
Quando a escoliose é congênita, constitui deformidades a partir da concepção, atingindo curvas severas de até 180º, quando a coluna processa uma curva completa sobre si mesma. Nesses casos o tratamento é cirúrgico e precoce, na tentativa de corrigir o defeito ósseo a partir do seu nascimento.
As escolioses pode ser agrupadas em funcionais e estruturais, sendo as funcionais ocorrem devido à alterações extrínsecas, como por exemplo um encurtamento com disparidade entre os membros inferiores, causando um desvio do eixo da coluna pela variação de comprimento entre os dois membros. As escolioses estruturais são causadas por desvios localizados diretamente nas estruturas ósteo ligamentares vertebrais.
Durante a infância, tanto meninos quanto meninas podem desenvolver a escoliose, na adolescência, porém as meninas são de 5 a 8 vezes mais afetadas do que os garotos. Durante a juventude a deformação não causa dores, entretanto se não for corrigida, na fase adulta podem surgir dores nas costas.
A coluna pode ser reconduzida à sua posição normal através do emprego de uma força de tração na mesma. Essa força aumenta o espaço entre as vértebras e reduz a curvatura nos pontos críticos. Uma forma engenhosa para "endireitar" a coluna sem que seja necessário pegar ou manusear vértebras e discos. Contudo, o tratamento fisioterápico usando alongamentos e respiração são essenciais para a melhora do quadro.


As Causas
As principais causas da escoliose são idiopáticas, neuromusculares, a poliomielite, origem congênita e pós-traumática. Testes clínicos e radiografias, de maneira precoce, são muito importantes para o diagnóstico da doença.
A escoliose pode causar danos irreparáveis se não tratada corretamente, daí a necessidade de um controle da evolução sistemática da doença.
Existem três grandes causas,  sendo elas a escoliose congênita (de nascença) decorre de um problema com a formação dos ossos da coluna vertebral (vértebras) ou fusão de costelas durante o desenvolvimento do feto ou do recém-nascido a segunda é a escoliose neuromuscular é causada por problemas como fraqueza muscular ou do controle precário dos músculos, ou paralisia decorrente de doenças como paralisia cerebral, distrofia muscular, espinha bífida e pólio e a terceira causa é a escoliose idiopática não possui causa conhecida. A escoliose idiopática em adolescentes é o tipo mais comum.
A pessoas que  são mais suscetíveis ao encurvamento da coluna. A maioria dos casos ocorre em meninas. O encurvamento geralmente se agrava durante os surtos de crescimento. A escoliose em crianças é menos comum e geralmente atinge igualmente tanto meninas quanto meninos.
Os Exames a serem realizados

Um exame físico será realizado pelo médico, inclusive um teste de curvatura para frente, o que ajuda a definir a curvatura. O grau da curvatura vista no exame pode subestimar a real curva vista no raio X, logo, qualquer criança que tiver a coluna encurvada terá o raio X solicitado. O médico realizará um exame neurológico para buscar quaisquer mudanças na resistência, na sensibilidade ou nos reflexos.
Os testes para identificar a escoliose incluem:
Exame com escoliomêtro (um dispositivo que mede a curvatura da coluna vertebral)
Raios X da coluna vertebral (frontais e laterais)
Ressonância magnética (caso haja quaisquer alterações neurológicas observadas no exame ou haja algo incomum no raio X)


      












  
Os Sintomas

Quando um ombro parece estar mais alto do que o outro ou a pélvis parece estar inclinada são grandes indícios da escoliose. Um olhar leigo não percebe a curvatura nos estágios iniciais.
Outros sintomas da escoliose são as, dores lombar e nas costas, Fadiga, Ombros ou quadris que parecem assimétricos, Coluna vertebral encurvada anormalmente para o lado (lateralmente). Pode haver fadiga na coluna vertebral após longa permanência de pé ou sentado. A dor ficará persistente caso haja uma inflamação no tecido mole e desgaste dos ossos da coluna vertebral.
Observação: A cifoescoliose também inclui curvatura anormal da frente para trás, com uma aparência de costas arredondadas.
O Tratamento de Escoliose

O tratamento da escoliose pode ser definido através do grau de angulação: 0 à 10 graus não necessita de tratamento fisioterápico, de 10 à 20 graus tem necessidade de tratamento fisioterápico, 20 à 30 graus o tratamento fisioterápico acompanha o uso de colete ortopédico, de 30 à 40 graus requer o uso do colete ortopédico, e de 40 à 50 graus somente tratamento cirúrgico. Contudo a base para o tratamento são fatores como a idade, a flexibilidade, a gravidade da curva e na etiologia.
Na maioria dos casos de escoliose idiopática adolescente (menores de 20 graus), o tratamento é dispensado, mas devem ser realizadas verificações semestrais.
Na medida em que a curvatura se agrava (acima de 25 a 30 graus em crianças em fase de crescimento), o uso de órteses é geralmente recomendado para auxiliar a retardar a progressão da curva. Existem muitos tipos de órteses utilizados. O colete de Boston, o colete de Wilmington, o colete de Milwaukee e o colete de Charleston foram batizados com o nome dos centros onde foram desenvolvidos.
Cada colete tem uma aparência distinta. Existem diferentes modos de usar cada um deles adequadamente. A seleção de uma órtese e a maneira como ela será usada depende de muitos fatores, inclusive das características específicas da curvatura. A órtese exata será decidida pelo paciente e o médico.
Um colete para as costas não reverte a curva. Em vez disso, usa a pressão para alinhar a coluna vertebral. O colete pode ser ajustado com o crescimento. O uso de colete não funciona para as escolioses congênitas e neuromusculares e é menos eficaz na escoliose idiopática infanto-juvenil.
A decisão do momento apropriado para se operar é variável. Após os ossos do esqueleto cessarem o crescimento, a curvatura não deve se agravar muito. Por conta disso, talvez o cirurgião queira aguardar até que os ossos do seu filho parem de crescer. Entretanto, pode ser que seu filho necessite de cirurgia antes disso, se a curva na coluna for grave ou estiver se agravando rapidamante. Curvas de 40° ou mais geralmente precisam ser operadas.
A cirurgia consiste em corrigir a curva (embora não completamente) e encaixar os ossos dentro dela. Os ossos são fixados no lugar com uma ou duas hastes de metal presas com ganchos e parafusos até que o osso seja recuperado. Às vezes, a cirurgia é feita através de um corte nas costas, no abdomên ou abaixo das costelas. Pode ser necessário o uso de uma órtese para estabilizar a coluna vertebral após a operação.
Muitas vezes, as limitações impostas pelos tratamentos afetam o lado emocional e podem ameaçar a autoimagem, principalmente para adolescentes. Apoio emocional é importante.
Fisioterapeutas e ortopedistas (especialistas em aparelhos ortopédicos) podem ajudar a explicar os tratamentos e a assegurar que o colete se encaixe confortavelmente.


Coletes de  Milwalkee e o de Boston

 Cirurgia
A cirurgia para correção da escoliose possui 2 objetivos: 1- a correção da curva, com melhora do padrão estético e também a interrupção da piora da escoliose. Com a cirurgia, as vértebras são fixadas em uma posição desejada, ocorrendo uma fusão entre elas. Isso promove uma correção da curva e uma grande melhora estética, gerando grande satisfação para o paciente. Outro resultado da cirurgia é a interrupção da piora da escoliose. Após a fusão das vértebras operadas, ocorre um estacionamento da curva na mesma posição em que foi deixada após a cirurgia.

A recuperação após a cirurgia não é complexa. O paciente fica em pé e caminha no segundo dia após a cirurgia, geralmente recebendo alta do hospital em menos de 7 dias. O uso do colete após o procedimento é de escolha do médico, podendo ser utilizado dependendo do caso ou do resultado da cirurgia.
Como qualquer cirurgia, a correção da escoliose também pode apresentar riscos e complicações. Entre as complicações mais freqüentes encontram-se a infecção e a dor pós-operatória, que geralmente não é grande, sendo geralmente resolvida com medicações.
Expectativas

O resultado depende da causa, localização e gravidade da curvatura. Quanto maior for a curva, maior será a chance de ela piorar após cessar a fase de crescimento.
Quanto maior for a curva inicial da coluna vertebral, maior será a chance de que a escoliose se agrave após a conclusão da fase de crescimento. A escoliose grave (curvas na coluna vertebral maiores do que 100°) pode causar problemas respiratórios.
Os casos de escoliose que não possuem gravidade e que são tratados apenas com o uso de órteses costumam ser resolvidos satisfatoriamente. As pessoas com esse quadro não são suscetíveis a problemas a longo prazo, exceto uma taxa elevada de dor na coluna lombar quando envelhecem. As pessoas com escoliose idiopática corrigida cirurgicamente recuperam-se bem e podem levar uma vida ativa e saudável.
Os pacientes com escoliose neuromuscular sofrem de um outro distúrbio grave (como paralisia cerebral ou distrofia muscular), então os objetivos são distintos. Geralmente, a meta da cirurgia é simplesmente permitir que a criança se sente corretamente na cadeira de rodas.
Os bebês com escoliose congênita têm uma grande variedade de defeitos de nascença subjacentes. Essa doença tem um manejo difícil e geralmente muitas operações precisam ser feitas.
Complicações possíveis

·    Problemas emocionais ou baixa autoestima podem ocorrer como um resultado da doença ou de seu tratamento (principalmente, o uso de órtese)
·    Incapacidade dos ossos se encaixarem (muito raro em escoliose idiopática)
·    Artrite e dor na coluna lombar na idade adulta
·    Problemas respiratórios decorrentes de uma curvatura grave
·    Danos na medula ou no nervo espinhal decorrentes da cirurgia ou da incorreta curvatura grave
·    Infecção na coluna vertebral após a cirurgia

Cuidados a ser tomados

Testes de rotina para escoliose agora são realizados nas escolas de ensino fundamental e médio nos Estados Unidos. Devido a esses testes, muitos casos que poderiam ser descobertos apenas em um estágio avançado estão sendo diagnosticados em estágios iniciais.

OBS: Procure assistência médica caso haja suspeita de que seu filho sofre de escoliose.

OSTEOARTRITE

A osteoartrite ou artrose é uma doença que afeta articulações como as ancas, os joelhos e a coluna. Também é conhecida como artrite degenerativa. A osteoartrite ocorre quanto a cartilagem das articulações fica danificada e gasta, causando rigidez, dores e perda de movimentos na articulação afetada. Normalmente a osteoartrite afeta as pessoas com mais de 50 anos, sendo mais comum nas mulheres do que nos homens. No entanto, os mais jovens também podem ser afetados, em alguns casos como resultado de lesões ou outros problemas nas articulações. Dizer que a osteoartrite é sempre crítica e debilitante é uma ideia errada comum. Muitas pessoas mais velhas que têm este problema apenas sentem sintomas ligeiros que não pioram. No entanto, em alguns casos, a osteoartrite pode ser mais grave, sobretudo se uma ou duas articulações estiverem bastante afetadas. Não há cura para a osteoartrite, mas os sintomas podem ser aliviados com alguns tratamentos.

SINTOMAS

Os principais sintomas da osteoartrite são rigidez, dor e dificuldade em movimentar as articulações afetadas. No entanto, poderá até não sentir qualquer sintoma. Poderá ter sintomas de osteoartrite em várias articulações ou apenas numa ou duas. Também é possível que os sintomas da osteoartrite sejam intermitentes. Outros sintomas podem incluir o aumento do volume articular, capacidade de movimentação limitada (se as articulações da anca ou do joelho estiverem afetadas) e inflamação (inchaço) nas articulações afetadas. Se tiver osteoartrite, poderá sentir as articulações inflamadas (inchadas). Isto é um sintoma comum, mas deve consultar o seu médico de família se alguma das articulações ficar demasiado inchada ou dilatada, pois poderá dever-se a outra forma de artrite. Tem uma maior probabilidade de desenvolver osteoartrite nas articulações das ancas, dos joelhos, da zona lombar da coluna e das mãos (sobretudo as articulações dos dedos).

CAUSAS

A osteoartrite ocorre quando a cartilagem, que permite o movimento suave das articulações, fica gasta e irregular, causando rigidez e dores na articulação afetada. A causa exata da osteoartrite não é totalmente entendida, embora vários factores possam contribuir para o desenvolvimento desta doença. Por exemplo, a osteoartrite é comum em pessoas com mais de 50 anos, e torna-se mais comum com a idade. Um tipo de osteoartrite também pode ser genético. Este tipo tende a afetar as mãos, sobretudo em mulheres após a menopausa. A maioria dos outros tipos de osteoartrite não é genético, embora algumas pessoas sejam naturalmente mais susceptíveis à doença. As pesquisas feitas à osteoartrite mostram que a obesidade exerce uma pressão adicional sobre as articulações, sobretudo nos joelhos e nas ancas. A osteoartrite também pode ser pior em pessoas obesas. A osteoartrite pode desenvolver-se numa articulação que tenha sido danificada por uma lesão, por uma operação ou por outros problemas

DIAGNÓSTICO

Consulte o seu médico de família se achar que pode ter osteoartrite. Vão-lhe perguntar sobre os seus sintomas e executar um exame às articulações e aos músculos. Para confirmar o diagnóstico de osteoartrite, poderá precisar de fazer um raio-X às articulações afetadas. O raio-X utiliza radiação de energia alta para produzir uma imagem do interior do corpo, e pode mostrar até que ponto a sua doença está avançada. O raio-X pode mostrar a perda ou danos na cartilagem, danos nos ossos e osteófitos (formações ósseas causadas pela osteoartrite). No entanto, o raio-X poderá não conseguir mostrar a osteoartrite nas suas fases iniciais. Se o seu médico de família achar que os sintomas se devem a uma forma diferente de artrite, como a artrite reumatoide, também necessitará de fazer análises ao sangue.

TRATAMENTOS

Se a osteoartrite for ligeira ou moderada, poderá não necessitar de tratamento. No entanto, existem vários medicamentos, tratamentos e dispositivos que podem facilitar a vida das pessoas com osteoartrite. Muitas pessoas tomam analgésicos para a osteoartrite. Se o paracetamol e géis analgésicos não conseguirem controlar a sua dor, o médico de família poderá receitar analgésicos mais fortes, como o co-codamol ou o co-didramol. Também poderá levar injeções intra-articulares, com as quais se infecta o medicamento que reduz o inchaço e a dor na articulação. O seu médico de família também poderá receitar compressas especiais frias ou quentes para as articulações. A estimulação eléctrica nervosa transcutânea é um tipo de fisioterapia para a osteoartrite que alivia a dor e os sintomas. Funciona entorpecendo as pontas dos nervos da espinal medula que controlam a dor, para que deixe de a sentir. Se tiver dificuldade em movimentar-se para efetuar as tarefas diárias, existem muitos dispositivos que podem ajudar, como calçado ou solas especiais, auxiliares de marcha e adaptadores para torneiras.

CIRURGIA

A cirurgia para a osteoartrite é necessária em poucos casos. Poderá ter de o fazer no caso de os outros tratamentos não serem eficazes, ou se uma das articulações estiver bastante danificada. Existem vários tipos de cirurgia para a osteoartrite. Poderá ser operado para alisar as superfícies das articulações, ou para restaurar a cartilagem (artroscopia), ou ainda para substituir toda a articulação (artroplastia) ou executar uma fusão óssea (artrodese). A artroplastia é efetuada mais frequentemente para substituir a anca e o joelho. O cirurgião retira a articulação afetada e substitui-a por uma artificial, feita de plásticos especiais e metal (próteses). Se não puder fazer uma artroplastia, o cirurgião poderá sugerir uma artrodese, que fusa o osso numa posição permanente. Isto significa que a articulação ficará mais forte e muito menos dolorosa, embora não a possa mais mexer.

ARTRITE



Artrite é a inflamação em uma ou mais articulações, que são as "juntas" entre dois ossos.

artrite é uma inflamação na cartilagem que protege as articulações. No processo de envelhecimento natural essa cartilagem que evita o atrito ente os ossos do cotovelo, joelho, ombro, dedos, punho ou quadril, se deteriora causando dor, desconforto e dificuldade de movimento. A artrite pode ser causada por um traumatismo, excesso de peso, alimentação, desgaste natural da articulação ou devido a uma alteração no sistema imune de indivíduos pré-dispostos a tal. Ela pode ser classificada como artrite reumatoide, artrite séptica, artrite psoriática, artrite gotosa (gota) ou artrite reativa, dependendo da sua causa.

Seu principal sintoma é a dificuldade em realizar os movimentos com a articulação afetada pela manhã, uma situação que melhora por si só após 15 minutos, aproximadamente dor nas articulações afetadas, inchaço nas articulações afetadas, vermelhidão na articulação afetada, leve aumento da temperatura na região afetada, dificuldade em realizar movimentos com o membro afetado, deformidade nas articulações afetadas, numa fase mais avançada da doença, dificuldade em iniciar o movimento com a articulação afetada, rigidez matinal que pode perdurar de 15 minutos a 2 horas, no caso da artrite reumatoide
Estes sintomas podem surgir em indivíduos de qualquer idade, inclusive crianças, e é muito comum que mais de uma articulação seja afetada ao mesmo tempo. A artrite é uma das doenças inflamatórias crônicas mais comuns em mulheres, obesos e em indivíduos com mais de 70 anos de idade. No entanto, alguns tipos são mais comuns em homens, como é o caso da artrite gotosa, por exemplo.

DIAGNÓSTICO

Para diagnosticar a artrite, o médico ortopedista ou fisioterapeuta poderá, além de observar os sinais clínicos da doença, como a deformidade articular, as características inflamatórias e ouvir as queixas do paciente, pedir um exame de raio-x para comprovar o inchaço local e a deformidade articular. Em alguns casos, a avaliação laboratorial do fator reumatoide pode ser útil, mas nem sempre é necessária. Para o diagnóstico da artrite séptica a punção do líquido sinovial da articulação afetada é indispensável.
TRATAMENTOS
O tratamento para a artrite visa basicamente aliviar os sintomas da doença e melhorar sua função, porque o desgaste articular não pode ser totalmente revertido. Para tal, pode-se recorrer a medicamentos como analgésicos, anti-inflamatórios e imunossupressores e mudanças no estilo de vida, onde preconiza-se evitar esforços físicos.
Quando o indivíduo queixar-se de dor e de dificuldade nos movimentos, recomenda-se a fisioterapia e. nos casos mais graves, pode ser necessária uma infiltração com corticoides na articulação para um efeito analgésico e anti-inflamatório imediato. A prática de exercícios como natação, hidroginástica e Pilates também é indicada, pois ajudam no combate à inflamação e no fortalecimento muscular.
Contudo, se o médico achar que a articulação está muito desgastada e se não houver outros inconvenientes, ele poderá sugerir que se faça uma cirurgia para a colocação de uma prótese no local da articulação afetada. Uma das articulações que mais têm indicação cirúrgica é a do quadril e, em seguida, a do joelho.
FISIOTERAPIA PARA ARTRITE
A fisioterapia pode em muito ajudar o paciente com artrite. Através do tratamento fisioterapêutico, a inflamação poderá diminuir e será mais fácil realizar os movimentos. Poderão ser utilizados recursos anti-inflamatórios, analgésicos e exercícios de alongamento muscular e de mobilização articular para preservar os movimentos da articulação e evitar que novas deformidades se instalem.
A fisioterapia deve ser realizada no mínimo 3 vezes por semana, até a completa remissão dos sintomas da artrite. Cabe ao fisioterapeuta decidir que recursos usará para tratar esta doença.
TRATAMENTO NATURAL
Um ótimo tratamento natural para complementar o tratamento habitual da artrite é tomar chás e infusões de plantas medicinais, como, por exemplo, o gengibre e o açafrão.
O consumo de pimenta cayenna e de orégano diariamente também atua como um poderoso anti-inflamatório natural, assim como massagear os locais afetados com óleo essencial de lavanda ou de unha-de-gato. 
Atenção: o tratamento natural não exclui o tratamento medicamentoso e fisioterapêutico da artrite, ele somente contribui para um resultado mais rápido e mais satisfatório.

ARTRITE REUMATOIDE

A artrite reumatoide (AR) é uma doença sistêmica crônica. Por ser sistêmica, significa que ela pode afetar diversas partes do organismo (embora atinja principalmente as articulações); por ser crônica, não se consegue obter a sua cura (e sim o seu controle). A causa ainda é desconhecida, mas sabe-se que é autoimune, ou seja, os tecidos são atacados pelo próprio sistema imunológico do corpo.
A doença afeta entre 0,5% e 1% da população mundial adulta e cerca de três vezes mais mulheres do que homens. Um estudo de 2004 mostrou que a incidência da AR no Brasil é de 0,46%. Além disso, pessoas com histórico familiar de artrite reumatoide têm mais risco de desenvolvê-la, devido a uma maior predisposição genética.
Os principais sintomas são: dor, inchaço, rigidez e inflamação nas membranas sinoviais e nas estruturas articulares. Com a progressão da doença – e se esta não for tratada adequadamente –, os pacientes podem desenvolver incapacidade para a realização de suas atividades cotidianas.
Como a artrite reumatoide é uma doença sistêmica, a inflamação que afeta as articulações também pode atingir diversos órgãos e sistemas do corpo.
As manifestações extra-articulares podem ser extremamente sérias. Elas são mais propensas a ocorrer em pessoas que tenham AR moderada ou grave sem controle por um longo tempo do que naquelas com grau leve ou sob controle.
Por isso, é importante iniciar o tratamento o quanto antes, informando-se sobre o plano de tratamento, quais medicações poderão ser usadas e as possíveis complicações da doença para evitar que ocorram as manifestações sistêmicas e o desenvolvimento de sequelas. Também é fundamental manter uma comunicação constante com o seu médico, avisando-o sobre qualquer sintoma que apareça para que ele possa determinar a causa e ajustar o plano de tratamento.

SINTOMAS

Dependendo do grau, os sintomas da artrite reumatoide podem ir e vir ou até desaparecerem, e, em geral, as pessoas se sentem bem durante as remissões.
Quando a doença se torna ativa novamente, os sintomas voltam. O curso da artrite reumatoide varia entre os pacientes, mas os períodos de crises e remissões são típicos da doença.
Quando a artrite reumatoide está ativa, os sintomas podem incluir fadiga, perda de energia, falta de apetite e dores, além de rigidez muscular e articular prolongada, que são mais comuns na parte da manhã e após os períodos de inatividade.
Durante as crises, as articulações também ficam vermelhas com frequência, inchadas, doloridas e sensíveis. Isso ocorre porque o tecido de revestimento da articulação (membrana sinovial) fica inflamado (sinovite), resultando na produção de líquido articular excessivo.
Em geral, a artrite reumatoide inflama várias articulações em um padrão simétrico, ou seja, ambos os lados do corpo são afetados. Os primeiros sintomas podem ser sutis. As pequenas articulações de ambas as mãos e os punhos estão frequentemente envolvidos.
Os sintomas nas mãos afetadas pela artrite reumatoide incluem dificuldades em tarefas simples do dia a dia, como virar maçanetas e abrir frascos. As pequenas articulações dos pés também são acometidas, o que pode causar dor ao andar, sobretudo após se levantar de manhã.
Ocasionalmente, apenas uma articulação está inflamada, podendo ser causada por outras formas de artrite, como a gota ou uma infecção bacteriana. Em casos raros, a artrite reumatoide pode até mesmo mudar a voz e causar rouquidão, pois a articulação que permite o retesamento das cordas vocais é afetada.
A inflamação crônica pode causar danos aos tecidos do corpo, incluindo cartilagens e ossos. Isso leva a uma perda de cartilagem, erosão e fraqueza dos ossos, bem como dos músculos, o que resulta na deformação da articulação, sua destruição e perda da função.
Nas crianças, em geral, os sintomas da artrite reumatoide incluem dor, alguma dificuldade na movimentação ao acordar, fraqueza ou incapacidade na mobilização das articulações, além de febre alta diária (mais de 39º C) por períodos maiores do que duas semanas. Entretanto, há casos em que a dor é mínima ou quase inexistente.

EXAMES

Exames de sangue, Exames por imagem ( RAIO X), Ressonância Magnética ( RM)

TRATAMENTO

O tratamento da artrite reumatoide (AR) varia de acordo com características individuais dos pacientes e a resposta a eventuais tratamentos feitos anteriormente. Para que ele possa ser ajustado para cada caso e a sua eficácia seja avaliada, é necessário medir a atividade da doença levando em consideração vários fatores, que vão desde a avaliação dos sintomas e do estado funcional até estudos radiológicos.
Com isso, o médico reumatologista pode definir o plano de tratamento, que envolve tratamentos medicamentosos e não medicamentosos.
O tratamento cirúrgico é indicado para alguns pacientes com anormalidades funcionais, como ruptura de tendão ou destruição óssea e articular.
Existem várias classes de medicamentos que podem ser indicados e combinados, desde analgésicos e anti-inflamatórios até drogas que modificam o curso da doença, ajudando a reduzir e prevenir o dano articular. Somente o especialista pode prescrevê-los, e os possíveis efeitos colaterais devem ser monitorados para que seja feito qualquer ajuste necessário.

Como ainda não há cura para a artrite reumatoide, até hoje o tratamento da doença tem como objetivo reduzir a inflamação articular e a dor, maximizar a função articular, evitar a destruição das articulações e a deformidade dos membros. A intervenção médica precoce é importante para melhorar os resultados.
A terapia ideal varia conforme as características individuais dos pacientes e a resposta a eventuais tratamentos anteriores. O tratamento é personalizado de acordo com fatores como: atividade da doença, tipos de articulações envolvidas, saúde geral, idade e ocupação do paciente.
Além disso, envolve uma combinação de medicamentos, repouso, exercícios de fortalecimento, proteção articular e educação do paciente e de sua família. O tratamento é mais bem-sucedido quando há uma estreita cooperação entre o médico, o paciente e os familiares.
Durante as consultas regulares, o reumatologista irá controlar a atividade da AR e prevenir o acometimento de outros órgãos – caso isso aconteça, ele estabelecerá o tratamento mais indicado. Os medicamentos específicos são seguros para uso a longo prazo, e os possíveis efeitos colaterais são controláveis e de fácil prevenção.
É necessário manter o tratamento específico por um longo tempo após o controle da doença. Em alguns casos, pode-se diminuir ou até suspender os medicamentos, dependendo da avaliação do reumatologista. Porém, mesmo que isso aconteça, o acompanhamento deve continuar regularmente para detectar possíveis recaídas. 

TRATAMENTO MEDICAMENTOSO



O tratamento medicamentoso é sempre individual. Muda de acordo com a resposta de cada paciente, o estágio da doença, a sua atividade e a gravidade. As drogas modificadoras do curso da AR são a base do tratamento, enquanto os anti-inflamatórios esteroides (corticoesteroides) e não esteroides têm um papel adjuvante na terapia.

MEDICAMENTOS



Atualmente, existem cinco classes de medicamentos que apresentam efeitos benéficos: analgésicos, anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), corticosteroides e drogas modificadoras do curso da doença (DMCDs). Na classe das DMCDs temos as sintéticas (ou convencionais) e as biológicas.
A primeira linha de tratamento da artrite reumatoide inclui DMCDs, AINEs e corticosteroides. Para pacientes com AR moderada a grave que não respondem ao tratamento com DMCDs convencionais, a imunoterapia-alvo com agentes biológicos é indicada, sendo considerada a segunda linha de tratamento.

OSTEOPOROSE


O que é osteoporose?


Osteoporose é uma doença metabólica, sistêmica, que acomete todos os ossos. A prevalência da osteoporose, acompanhada da morbidade e mortalidade de suas fraturas, aumenta a cada ano. Estima-se que com o envelhecimento populacional na América Latina, o ano de 2050, quando comparado a 1950, terá um crescimento de 400% no número de fraturas de quadril para homens e mulheres entre 50 e 60 anos, e próximo de 700% nas idades superiores a 65 anos. Estima-se que a proporção da osteoporose para homens e mulheres seja de seis mulheres para um homem a partir dos 50 anos e duas para um acima de 60 anos. Aproximadamente uma em cada três mulheres vai apresentar uma fratura óssea durante a vida.

Como qualquer outro tecido do nosso corpo, o osso é uma estrutura viva que precisa se manter saudável, e isso acontece mediante a remodelação do osso velho em osso novo. A osteoporose ocorre quando o corpo deixa de formar material ósseo novo suficiente, ou quando muito material dos ossos antigos é reabsorvido pelo corpo - em alguns casos, pode ocorrer as duas coisas. Se os ossos não estão se renovando como deveriam, ficam cada vez mais fracos e finos, sujeitos a fraturas.

Dicas:

Uma das dicas de prevenção da doença é preocupar-se com a ingestão mínima de cálcio necessário para manter os ossos saudáveis. São recomendados 1.200 mg por dia. Para quem não gosta de leite, é só recorrer a outros laticínios, como queijo.

Praticar exercícios físicos é essencial. Nesse caso, os exercícios devem ter impacto mínimo. Caminhada é a atividade mais recomendada.

Quem são as pessoas mais afetadas?

Mulheres têm mais osteoporose que os homens, pois têm os ossos mais finos e mais leves e apresentam perda importante durante a menopausa. No entanto, homens com deficiência alimentar de cálcio e vitaminas estão sujeitos à doença. Inclusive, o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) criou o Programa de Osteoporose Masculina (PROMA), desde março de 2004, com o objetivo de quantificar as vítimas da doença para tratá-las e estudar a sua incidência.
Não significa dizer que, se o histórico familiar é favorável à osteoporose, todos vão desenvolver a doença. Mas é importante, sim, identificar se os pais são portadores de osteoporose.

Causas:

Nós temos no corpo células responsáveis pela formação óssea e outras pela reabsorção óssea. O tecido ósseo vai envelhecendo com o passar do tempo, assim como todas as outras células do nosso corpo. O tecido ósseo velho é destruído pelas células chamadas osteoclastos e criados pelas células reconstrutoras, os osteoblastos. Esse processo de destruição das células é chamado de reabsorção óssea, que fica comprometido na osteoporose, pois o corpo passa a absorver mais osso do que produzir ou então não produzir o suficiente. Alguns problemas podem interferir na formação dos ossos.

Sintomas de Osteoporose:

A osteoporose é uma doença silenciosa, que dificilmente dá qualquer tipo de sintoma e se expressa por fraturas com pouco ou nenhum trauma, mais frequentemente no punho, fêmur, colo de fêmur e coluna. Outros sintomas que podem surgir com o avanço da doença são:
Dor ou sensibilidade óssea
Diminuição de estatura com o passar do tempo
Dor na região lombar devido a fraturas dos ossos da coluna vertebral
Dor no pescoço devido a fraturas dos ossos da coluna vertebral
Postura encurvada ou cifótica.

Exames:

O principal exame para rastreamento e diagnóstico da osteoporose é a densitometria óssea, um exame que avalia a densidade dos ossos e músculos do corpo, podendo identificar quando os ossos estão muito finos ou então quando a perda ainda está se iniciando. Além desse, a radiografia também pode ser indicada para a investigação da osteoporose.

Diagnóstico de Osteoporose

Em geral, a perda óssea ocorre gradualmente com o passar dos anos. Na maioria das vezes, a pessoa irá sofrer uma fratura antes de se dar conta da presença da osteoporose. Quando isso ocorre, a doença já se encontra em um estado avançado, e o dano é grave.
Por não apresentar sintomas em seu estado precoce, não é possível fazer um diagnóstico clínico da osteoporose. Dessa forma, o diagnóstico tanto precoce quanto após uma fratura é feito com a densitometria óssea e radiografias. Além desses, o médico pode pedir outros exames para fazer o diagnóstico de causas secundárias da osteoporose, como dosagem de creatinina e dosagem de testosterona e estrogênio.

Doenças ou medicamentos:

Outras condições podem levar ao surgimento da osteoporose, sendo responsável por 20% dos casos totais da doença, sendo entretanto muito comuns em pessoas mais jovens e sem outros fatores de risco:
Síndrome de Cushing
Hiperparatireoidismo primário ou terciário
Hipertireoidismo
Acromegalia
Mieloma múltiplo
Doenças renais
Doenças inflamatórias intestinais
Doença celíaca
Pós-gastrectomia
Homocistinúria
Hemocromatose
Doenças reumáticas
Uso de medicamentos a base de glicocorticóides, hormônios tireoidianos, heparina, warfarina, antiepilépticos (fenobarbital, fenitoína, carbamazepina), lítio, metotrexato e ciclosporina.
Fatores de risco
Mulheres e homens orientais correm mais risco de sofrer fraturas pela osteoporose, por um problema anatômico no fêmur
História familiar de osteoporose
História prévia de fratura por trauma mínimo
Tabagismo
Baixa atividade física
Baixa ingestão de cálcio
Baixa exposição solar
Alcoolismo
Imobilização
Ausência de períodos menstruais (amenorreia) por longo período
Baixo peso corporal.
 sintomas


Medicamentos:
Existem várias medicações indicadas para o tratamento da osteoporose, que individualizadas a cada caso. Quando diagnosticada, a osteoporose tem uma ou outra indicação de medicamento, a depender da gravidade ou das causas secundárias. Alguns medicamentos comuns usados do tratamento da osteoporose são:
Raloxifeno: Conhecidos internacionalmente pela sigla SERM (selective estrogen receptor modulator), os moduladores seletivos de receptores estrogênios atuam estimulando ou inibindo a ação desses receptores. O raloxifeno é o SERM que possui efeito antirreabsortivoósseo, ou seja, ele inibe a reabsorção óssea. Ele promove o ganho de massa óssea na coluna lombar e colo do fêmur, bem como redução de fraturas vertebrais. O raloxifeno é recomendado para a prevenção e o tratamento da osteoporose da coluna vertebral. Não está recomendado para a redução de fraturas nãovertebrais e deve ser empregado somente em pessoas sem sintomas vasomotores.
Bisfosfonatos: Os bisfosfonatos são compostos com ação antirreabsortiva dos ossos. Existem vários tipos de biofosfonatos com características específicas para o tratamento de diferentes aspectos da osteoporose. O alendronato, o risedronato e o ibandronato são alguns tipos que podem ser administrados por via oral. Há também o zoledronato, que é administrado por infusão endovenosa. Em estudo clínicos, o ibandronato se mostrou eficaz na redução de fraturas vertebrais, já o risedronato, o alendronato e zoledronato são efeitos na redução de fraturas vertebrais e não-vertebrais, incluindo as de quadril. Todos os biofosfonatos citados são recomendados tanto para prevenção quanto para o tratamento da osteoporose.
Ranelato de estrôncio: O ranelato de estrôncio apresenta efeitos sobre a formação e a reabsorção óssea. Ele estimula os osteoblastos e reduz a função osteoclástica, ou seja, aumenta a formação de massa óssea e reduz a reabsorção, principalmente na coluna lombar e no colo do fêmur. O ranelato de estrôncio é recomendado para prevenção e tratamento da osteoporose na pós-menopausa.
Teriparatida: A teriparatida é uma substância que se liga ao receptor do hormônio PTH da paratireoide. Ela atua estimulando a formação dos osteoblastos, que são células responsáveis pela formação dos ossos. O maior diferencial do tratamento com teriparatida é que ela promove o crescimento do osso em vez de inibir a reabsorção óssea, como as outras classes de medicamentos. Sua administração resulta em ganho de massa óssea na coluna lombar e no colo do fêmur, além de redução do risco de fraturas vertebrais e não-vertebrais. A teriparatida tem indicação para o tratamento da osteoporose em pacientes de alto risco para fraturas, sendo administrado por via subcutânea. É usado principalmente para pacientes que usam medicamentos a base de corticoides.
Desonumab: O desonumab é um mecanismo de ação diferente, chamado de anticorpo monoclonal. Para entender a ação desse medicamento, vamos pensar nos osteoclastos e osteoblastos, que são as células destruidoras e formadoras dos ossos. Essas células se comunicam entre si para saber quando é preciso fazer uma reabsorção ou uma formação. Quando a mulher entra na menopausa, essa comunicação pode ficar alterada, levando a uma maior destruição do que criação óssea. A medicação atua nesse mecanismo específico de comunicação entre as células, retornando o equilíbrio. O desonumab é ministrado por via oral e faz parte de uma nova classe de medicamentos, os biológicos.
Calcitonina: A calcitonina é um hormônio constituído de 32 aminoácidos produzidos por um grupo de células da tireoide. Ela atua inibindo a ação do paratormônio (PTH), um hormônio. A calcitonina e o paratormônio, quando estão em quantidades adequadas, equilibram a concentração de cálcio no sangue – o primeiro diminui o cálcio no sangue e o segundo, aumenta. Como consequência, o paratormônio estimula a reabsorção de cálcio e fosfato dos ossos e a absorção de cálcio pelos rins e intestino, ao passo que a calcitonina inibe a reabsorção óssea e diminui a reabsorção de cálcio no rim. Quando esses hormônios não estão equilibrados e o paratormônio está em maior quantidade, a reabsorção óssea aumenta, podendo levar à osteoporose. A calcitonina para o tratamento da osteoporose é obtida do salmão por síntese laboratorial, sendo cerca de 20 a 40 vezes mais potente que a humana. Seu principal efeito é inibindo a absorção de cálcio nos rins. Pode ser administrada tanto por injeção intramuscular ou subcutânea quanto por aplicação nasal. A calcitonina de salmão é considerada uma medicação de segunda linha para osteoporose, podendo ser recomendada no tratamento da osteoporose pós-menopáusica e para a redução de fraturas vertebrais.

Terapias:

Reposição de estrogênio: Enquanto a mulher está em período fértil (menstruando) existe a produção acentuada do hormônio estrogênio. Quando abundante no corpo da mulher, o estrogênio retarda a reabsorção do osso, reduzindo a perda, além de ser responsável pela fixação do cálcio nos ossos, contribuindo para o fortalecimento do esqueleto. Em contrapartida, a mulher durante e após a menopausa tem uma produção muito reduzida de estrogênio, uma vez que ele não é mais necessário para o ciclo menstrual. O hipoestrogenismo irá contribuir para a perda de massa óssea mais acelerada, principalmente nos primeiros anos da pósmenopausa. Dessa forma, a menopausa pode ser um gatilho para a osteoporose. A terapia de reposição hormonal é eficaz na prevenção da osteoporose e de fraturas vertebrais e nãovertebrais. No entanto, ainda não há evidência suficiente para recomendar o tratamento na redução do risco de fraturas no tratamento da osteoporose estabelecida. A tibolona, composto sintético derivado da testosterona e usado na reposição hormonal, atua sobre a remodelação do osso, promovendo ganho de densidade óssea. É administrada por via oral. O uso prolongado da terapia de reposição hormonal, por mais de cinco anos, com associação de estrogênios e progestagênios, produz um pequeno aumento do risco de câncer de mama de aproximadamente oito casos em cada 10.000 mulheres/ano. A terapia de reposição hormonal tem indicação no início do climatério para prevenção da perda de massa óssea em mulheres com fatores de risco associados, não estando indicada para o tratamento da doença estabelecida.
Suplementação de cálcio e vitamina D O cálcio e o fósforo são os principais nutrientes para constituição do osso. Para ser fixado aos ossos, o cálcio necessita da ação do hormônio estrogênio, que tem sua produção diminuída durante e após a menopausa, fator que leva à progressiva perda de massa óssea nessa etapa da vida. Por isso, a ingestão adequada de cálcio e sua suplementação são indicados para o tratamento e prevenção da osteoporose. Já a vitamina D é um nutriente importante na manutenção da saúde óssea, uma vez que suas principais funções são a regulação da absorção intestinal de cálcio e a estimulação da reabsorção óssea. As fontes de vitamina D incluem luz solar, dieta e os suplementos. Estima-se que 90% dos adultos entre 51 e 70 anos de idade não recebem o suficiente vitamina D de forma natural, sendo recomendada a suplementação. Recomenda-se que a suplementação de cálcio seja feita em associação com 800-1000UI de vitamina D ao dia. Não se recomenda o tratamento exclusivo da osteoporose com vitamina D isolada ou em conjunto com cálcio, porém o uso complementar desses nutrientes é fundamental para uma formação óssea adequada.

Cirurgias:

Vertebroplastia: A vertebroplastia é um procedimento minimamente invasivo para tratar fraturas na coluna vertebral, melhorando a dor e a capacidade funcional desses pacientes em cerca de 90 a 95%. Ele é feito injetando cimento acrílico (polimetilmetacrilato, ou PMMA) no interior da vértebra
Cifoplastia:A cifoplastia é um procedimento ambulatorial usado para tratar fraturas por compressão dolorosa na coluna vertebral. O procedimento também é chamado cifoplastia com balão. Ele é feito injetando cimento acrílico (polimetilmetacrilato, ou PMMA) no interior da vértebra. A diferença entre a cifoplastia e a vertebroplastia é que a primeira utiliza uma espécie de balão, que é injetado na coluna e se infla, posicionando as vértebras corretamente antes da colocada do cimento ósseo.

 Prevenção:

Seguir uma dieta balanceada, com as quantidades adequadas de cálcio e vitamina D
Evitar o consumo de álcool em excesso
Não fumar
Praticar exercícios regularmente
Fazer a reposição hormonal quando indicado
Fazer a densitometria óssea anualmente a partir dos 50 anos.