A condromalácia patelar (Condromalácia Patelofemoral) é a primeira etapa de um processo degenerativo que atinge a cartilagem da patela dos tecidos carregados próximos da patela.
A patela é esse pequeno osso que temos à frente do nosso
joelho, que desliza para baixo e para cima quando o dobramos ou esticamos.
Cartilagem é um tecido que cobre a patela e permite que ela deslize com
facilidade por sobre a tróclea, que é a ranhura no fêmur pela qual a patela
se movimenta para cima e para baixo quando dobramos ou esticamos o
joelho. Tanto a patela (a região de trás da patela) quanto a tróclea são
cobertas por cartilagem, e isso permite com que o deslizamento ocorra
com facilidade, praticamente sem atrito algum.
Graus de degeneração da cartilagem da patela
Existem 4 graus de degeneração da cartilagem:
1º grau: amolecimento da cartilagem com, eventualmente, leve edema subcondral (condromalácia)
2º grau: fissuras na cartilagem, menores que 1,3cm.
3º grau: fissuras maiores ou iguais a 1,3cm.
4º grau: fissuras que chegam até o osso.
Também conhecida como síndrome da dor patelo-femural ou joelho de corredor,
a condromalácia patelar consiste em uma espécie de “amolecimento” da cartilagem.
Não existe uma causa exata, mas a sua etiologia pode estar relacionada com
fatores anatômicos, histológicos e fisiológicos. O fator mais comum é o
traumatismo crônico – traumas únicos, como pancadas ou traumas mais crônicos,
por fricções entre a patela e o sulco patelar do fêmur. A condromalácia patelar
também pode ser o resultado de uma lesão aguda da cartilagem femoropatelar,
causando fissuras e provocando desconforto e dores que não vêm da cartilagem,
mas dos tecidos carregados próximos da patela.
A patela é um osso com formato triangular, localizado na frente do
joelho. Em seu pólo superior está inserida a musculatura anterior da
coxa – Quadríceps – e no pólo distal tem origem o Ligamento Patelar.
Esse componente do “aparelho extensor do joelho” possui como funções a
melhora do movimento de flexo-extensão, além de proteger estruturas
internas. A face patelar voltada para o interior do joelho possui
inúmeras facetas que permitem a articulação perfeita com a tróclea do
fêmur – tipo chave e fechadura. As facetas são revestidas por cartilagem
articular, permitindo o deslizamento patelo-femural.
Quando flexionamos o joelho, a patela se encontra, inicialmente,
“flutuante” na articulação e começa a se encaixar na tróclea do fêmur,
mas conforme a flexão aumenta, o contato ósseo acaba aumentando e a
pressão incidente nas facetas articulares cresce, proporcionalmente.
Isso acarreta uma perda de líquido da patela e a pessoa acaba tendo um
choque ósseo. Esse tipo de alteração nas forças que atuam sobre a patela
bem como no formato ósseo, pode resultar no aparecimento de lesões na
cartilagem.
Sintomas da Condromalácia patelar
Os principais sinais da patologia são:
– Inchaço por baixo da rótula do joelho;
– Dor constante no meio do joelho;
– Dor durante uma corrida, ao descer ou subir escadas e ao ficar muito tempo sentado.
A condromalácia patelar pode ser classificada em quatro níveis
distintos, daí a necessidade de um tratamento o mais breve possível para
que a cartilagem não fique inteiramente desgastada, culminando em sua
perda total.
Diversas
pessoas que têm condromalácia sentem dores no joelho
A cartilagem não possui inervação, e assim não tem como ser fonte de dores. Porém, o osso subcondral (abaixo
da cartilagem) e outros tecidos próximos da patela podem estar sendo
sobrecarregados e gerando dor. Essa dor não vem da cartilagem, mas dos
tecidos próximos, e isso causa confusão, fazendo com que pensem que a
dor vem da condromalácia. Essas dores que se originam de tecidos próximos da patela caracterizam a chamada Dor Patelofemoral, Síndrome Fêmoro-Patelar ou, ainda, Síndrome da Dor Patelofemoral. Certas estruturas ou lesões devem ser excluídas do diagnóstico, pois não fazem parte da dor Patelofemoral, como lesões de menisco ou tendinites.
Em relação à tratamento da condromalácia,
precisamos proteger a cartilagem e diminuir o stress que ela sofre.
Pode-se realizar o uso de condroprotetores, medicamentos que visam
evitar ou minimizar o desgaste da cartilagem, orientados pelos médicos.
Tratamento
A Fisioterapia pode auxiliar, especialmente, no fortalecimento de
alguns músculos e de exercícios que enfatizam o alongamento. Músculos
fortes permitem que o joelho tenha boa estabilidade, além de tornar
atividades muito exigentes para o joelho, relativamente, mais leves. O
treinamento de força também fortalece a cartilagem, deixando-a mais
resistente aos possíveis desgastes. Mas esse tratamento fisioterapêutico
deve ser sempre baseado numa avaliação detalhada de todos os fatores
que podem estar relacionados ao desenvolvimento da condromalácia. O
trabalho da Fisioterapia pode envolver ainda:
– Programa de reeducação de movimentos, corridas e outros gestos esportivos;
– Técnicas de liberação manual do tecido;
– Técnicas articulares manuais;
– Orientações acerca das atividades e sobrecargas na patela.
A conduta fisioterapêutica deve ser, sobretudo, individualizada.
Recomendações
– Durante o tratamento é muito importante não sobrecarregar o joelho, fazendo-o descansar para evitar os inchaços e prevenir o retorno do problema;– Para quem se exercita fisicamente, é indispensável o investimento anterior em exercícios de alongamento e o investimento posterior em exercícios de descompressão;
– Para corridas, usar tênis com um bom amortecimento;
– Evitar saltos. Seu uso poderá agravar uma condromalácia;
– Com relação ao retorno aos esportes, são recomendados treinos iniciais com intensidade leve.
Mas a correta movimentação não é referente, apenas, ao joelho. Seja em atividades domésticas do dia-a-dia, no trabalho, no lazer ou no esporte, o corpo todo deve se movimentar de forma coesa.
E como prevenir a condromalácia Pois bem, para prevenir a condromalácia você deve manter o equilíbrio de suas estruturas corporais, com músculos fortes, de boa elasticidade e tensão adequada, uma movimentação correta, seja no esporte, no lazer ou no dia-dia, e consciência em relação ao excesso de atividades, seja no dia-a-dia ou no esporte. Músculos fortes vão permitir que seu joelho (e sua patela, e seu corpo) tenha boa estabilidade, e o treinamento de força fortalece a cartilagem (deixando-a mais resistente a qualquer desgaste). Músculos fortes também farão com que atividades que seriam muito exigentes para seu joelho se tornem, relativamente (a ter músculos fracos) mais leves. Ter uma musculatura forte é essencial para se proteger da condromalácia. A elasticidade muscular também vai prevenir em relação à condromalácia. Uma elasticidade muscular ajuda também a manter o tônus muscular equilibrado. Tudo isso permite ao joelho se mover com liberdade, sem restrições de movimento que poderiam favorecer a compressão da patela na tróclea. Movimentar-se corretamente faz com que cada estrutura esteja em seu devido lugar, se deslocando só por onde deve. A patela em seu trajeto correto pela tróclea, especialmente, com isso diminuindo-se qualquer sobrecarga desnecessária e, adivinhe, prevenindo o aparecimento da condromalácia. O corpo todo deve se movimentar corretamente, não apenas no joelho. E isso vale tanto para atividades de casa, do dia-a-dia, como no esporte e no lazer. |
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Por gentileza,apaguem.
ResponderExcluirIsso é PLÁGIO, isso é CRIME!
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